domingo, 1 de abril de 2012

       Parece que foi ontem, e ao mesmo tempo parece que faz uma eternidade.



 
          Quando eu era criança, imaginava como seria bom crescer, poderia fazer o que quisesse, como quisesse e quando quisesse, e poderia ir onde quisesse. Me enganei, naquela época eu podia e não sabia, hoje não posso mais.
          É, eu deveria saber, pra quê criar um blog se eu não escrevo, não sou muito fiel com nas coisas a que me proponho. Não sei cumprir promessas, só sei decepcionar, magoar e machucar os que amo, e a mim mesmo. Não sei ser quem eu deveria, ou mesmo quem eu queria ser, só sei ser o que sou, o lixo que sou.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lei de Murphy.




Mas afinal, o que acontece com a gente heim?

Eu não mudei, não aguento mais, a amo de todo coração mas não é o suficiente. Ela faz com que eu me sinta um lixo, nunca foi assim, será que a minha vida inteira as pessoas foram falsas comigo? Será que eu sou um monsto, Oh... Será que ela é tão superior a mim assim? Sendo assim, será que não devo me juntar aos meus? A 'ralé'.

Eu
Não
Mudei !!!

Ou melhor, mudei, a amo cada dia mais, tenho planos que só eu conheço. Mas que sonho, quando um tempo atráz, uma piada sobre uma foto seria demonstração de ciúme e a deixaria feliz, hoje é uma ofença imperdoável. Mas como? Eu não entendo.

Eu não a compreendo, ela diz que eu não ligo pra ela. O que ela quer que eu faça pra provar? Me dedico como nunca me dediquei a ninguém na vida, por que não nos intendemos? Ela já cansou de dizer que acha que não vamos dar certo, nessas horas, coisa que nunca fiz antes, até eu começo a pensar nisso, logo agora que estava tão perto... Nossa. Se ela lêsse isso ficaria irada comigo... Oh não, ficaria é magoada, e extremamente ofendida, repetiria as mesmas frases por horas enfatizando onde eu errei, é, seriam muitas frases, e lá vou eu, o cachorrinho, morrendo de arrependimento se desculpar e ser humilhado como nunca. Por que eu faço isso tudo por essa mulher, é né, eu a amo. Parece castigo, agora que não consigo mais viver sem ela.

Mas pensando bem, talvez fosse melhor que ela lêsse, pelo menos prestaria atenção até o final sem ter como me revidar, sem parar um pouquinho que fosse para dizer mais uma vez que eu estava errado. Do que que eu tô falando, ela ficaria irada, e é claro que eu estaria errado, ou na melhor das hipóteses ficaria extremamente magoáda e iria chorar muito, e de qualquer forma eu teria atingido meu objetivo, por que eu sou um monstro lembra?

A todo momento paro pra pensar no quanto ela é sensível, em como ela pensa, e que quero fazê-la a mulher mais feliz do mundo. Estou começando a achar que não tenho essa capacidade.

Ela diz que eu não dou a mínima. Nossa eu sou um monstro mesmo.
Eu não conheço as aflições dela, as mágoas com o pai, a vivência e saudade da mãe, o caos que foi sua vida profissional e a sua ância pela liberdade e por ser feliz. Felicidade! Eu penso na dela pelo menos dez vezes por dia. Pois é né, eu não demonstro, eu não sei demonstrar.

Por que ela sempre tem que ter uma pedra na mão? Por que tudo que eu faço tá errado. Não tem um dia em que a felicidade seja plena, sem que eu não seja massacrado por alguma coisa que fiz estupidamente sem pensar. Nos dias em que não discutimos eu fico preocupado, ela deve ter odiado alguma coisa com certeza, mas estava de bom humor e engoliu quieta, fica deprimida mas finge, por que afinal eu não a entendo, e acumula pro outro dia.

Meu Deus, o que eu faço? Eu a amo e quero ser feliz com ela, é só isso que eu peço, por que tem de ser tão difícil? É castigo afinal? Serei egoista agora, não me interessa nada no mundo, dane-se tudo e todos, mas me permita ser feliz ao lado dela, me ensine a fazê-la feliz. Não imagino minha vida sem ela ao meu lado. E não aguento mais isso, não quero mais escrever, já desabafei o suficiente.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Alguém melhor.

          Acho que hoje me tornei alguém melhor, quer dizer, hoje é relativo, já faz meses que venho pensando no que estou escrevendo agora. Me refiro a um dia, em que refletindo sobre a minha vida durante um demorado banho cheguei a uma conclusão.
          Naquele momento eu pensava nos meus objetivos, trabalho, faculdade, vida a dois, enfim, pensava nas coisas que conquistei e nas que ainda quero conquistar. Estava totalmente imerso no meu universo, e desperdiçando a água morna que percorria o meu corpo, pensava nos obstáculos pelo caminho, e em começar a tão sonhada faculdade, em conseguir uma promoção no trabalho recebendo  consequentemente melhor remuneração, podendo assim comprar um ótimo carro, ter uma boa casa, manter um sonhado padrão de vida, quando me ocorreu uma pergunta que eventualmente me faço quando estou assim, “viajando” nos meus próprios pensamentos. E se me fosse concedido um pedido? Qualquer coisa! Em qualquer outro momento o meu Eu egoísta teria respondido, muito, muito, muito dinheiro! Ou então, felicidade plena! Ou ainda Poder, respeito, etc., enfim, em qualquer outro momento, não naquele. Naquele momento fui tomado por um orgulho desconhecido por mim até então, e ao mesmo tempo por uma angústia maior ainda, quando sem pensar, respondi a mim mesmo em pensamento:
          Queria que não existissem as drogas.

Coisa sem sentido.

          É, eis-me aqui finalmente, mais um estranho publicando suas mágoas e desabafos nas páginas de um livro que não permite rascunhos, mas um livro onde tudo pode ser escrito, uma editora sem censuras, que permite até mesmo as postagens das minhas asneiras.
Nem sei o que estou fazendo aqui, instigado pela curiosidade causada pelo dom da minha namorada, futura esposa.
          Nunca pensei em escrever um blog, sempre achei coisa fútil, por que não um diário? Mas que diabos estou falando, logo eu, profissional de T.I., Como posso preferir caneta e papel ao invés de tela e teclado? Fato é que não tenho o dom da escrita. Pois é, não tenho, mas tenho coração, sangue que corre nas veias, e por que não libertar os fantasmas que atormentam minha mente através deste canal? Por que não me valer dessa válvula para derrubar lágrimas pelos anseios que me afligem? Nestes tempos onde lutamos para termos nosso lugar no mundo, onde feliz daquele que tem alguém para lhe ouvir (e eu tenho), meu teclado sente em meus dedos as batidas do meu coração, e compartilha de forma anônima meus sentimentos traduzidos para o mundo.
          Será que alguém vai ler? Não me importa, eu só queria escrever, e escrevi.